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Sobre o livro:
O principal objetivo da política ferroviária nacional na segunda metade do século XIX foi ligar o país (nomeadamente Lisboa e o seu porto) à Europa. Uma vez que Espanha adotara a bitola larga (1,67 metros entre as faces internas dos carris), Portugal foi forçado a adotar também essa medida, embora em França se generalizasse a bitola de 1,44 metros.As ligações internas eram opções secundárias reservadas para circunstâncias extraordinárias e territórios onde a sua construção fosse mais fácil. No entanto, algumas regiões não eram planas nem se encontravam no caminho de vias-férreas transfronteiriças. A solução para estas áreas podia passar pelo uso da bitola estreita, que se podia adaptar melhor a terrenos acidentados e a orçamentos limitados. O mesmo racional está presente na planificação das redes ferroviárias nas colónias portuguesas.Este livro analisa a forma como a bitola estreita foi introduzida em Portugal e como foi encarada como solução tecnológica para o problema de levar a viação acelerada às regiões mais acidentadas do reino e ao ultramar. Veremos qual o contributo prático e teórico dos engenheiros nacionais, sobretudo do engenheiro Cândido Celestino Xavier Cordeiro, para esta questão; em que medida contou com o apoio do poder central; o que foi proposto e o que foi efetivamente realizado; e que exemplo tinham os portugueses de outros países.