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Estes ensaios são notas escritas durante um período curto, mas decisivo, da história: os cinco anos entre 1935 e 1940. Nesses anos a ideia de liberdade, que no fim do período havia de dividir o mundo numa luta de vida ou de morte, ficou quase por cultivar. As mentes progressivas estavam tão fascinadas pelas perspetivas da revolução russa, que pouco interesse ficou pelo destino da defesa das liberdades tradicionais.
Mas as consequências da separação trágica do progresso e da liberdade continuam no meio de nós. A causa da liberdade continua a depender da tradição popular e do patriotismo; falta-lhe uma filosofia coerente que compreenda a aguda experiência contemporânea das revoluções contemporâneas no leste, e dos demónios do desemprego e da pobreza no ocidente. Mas ninguém pode liderar os povos deste planeta, se não os liderar para o progresso; e portanto a liberdade não pode ser salva a menos que se torne outra vez uma ideia progressiva.
Michael Polanyi, prefácio